O principal assessor do líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, morreu nesta quinta-feira (13/6), em Teerã, após ser ferido em um ataque atribuído a Israel. Ali Shamkhani ocupava uma posição estratégica na cúpula do poder iraniano e estava internado desde a ofensiva aérea israelense realizada no dia anterior.
Shamkhani foi secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã entre 2013 e 2023, além de ter ocupado postos importantes na Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) e no Ministério da Defesa. Após deixar o cargo formal de secretário, ele continuava atuando como conselheiro sênior do líder supremo, com influência direta sobre questões militares e diplomáticas.
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A ofensiva israelense teve como alvos principais instalações nucleares e centros militares estratégicos do Irã, incluindo Natanz e Esfahan. De acordo com autoridades israelenses, mais de 150 locais foram atingidos, e dezenas de pessoas morreram, incluindo cientistas ligados ao programa nuclear iraniano.
Internacionalmente conhecido, Shamkhani foi uma figura-chave nas negociações mediadas pela China que resultaram na reaproximação diplomática entre Irã e Arábia Saudita, em 2023. Nos bastidores da diplomacia, era visto como uma ponte entre os setores mais conservadores do regime iraniano e os que defendem maior abertura ao diálogo com o Ocidente.
Em abril deste ano, Shamkhani chegou a ameaçar expulsar inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) do país, em meio à retomada das tensões envolvendo o programa nuclear iraniano.
A morte de Shamkhani representa uma perda significativa para a liderança iraniana, em um momento de crescente instabilidade no Oriente Médio. Analistas apontam que o falecimento pode agravar ainda mais o cenário de conflito entre Irã e Israel.
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